Uma, duas, três vozes fazem muito bem para mim. Pouca das vezes que pude escutar a saudade eu pude constatar que preciso, preciso de pessoas, preciso de seres. Ontem acordei sem sala de espera. O sol entrava escondido pelas frestas das janelas querendo demonstrar que eu podia colocar a cara ali, bem de fora de casa, porque não faria tanto frio quanto nos dias que tive que acordar, sem ter perspectiva de um bom dia e ontem foi um daqueles, que você acorda sorrindo e dorme suspirando. Bom dia.
Uma música. Uma xícara de café. Sorrisos e beijos de meu irmão. Um abraço de mãe. Graminha verdinha. Pássaros cantarolando. Um orgasmo de felicidade. Se não fosse isso, seria o que mais?
Hoje, pus os pés fora de casa e o tempo parecia dizer o que eu queria ouvir: "-É tudo seu!"
"-É, é tudo meu."